Sobre o Restaurante Maria das Tranças no bairro Savassi, Belo Horizonte.
Quero deixar explícita minha indignação com o “Restaurante” Maria das Tranças localizada na Rua Professor Moraes, 158, Bairro da Savassi em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Sexta-feira dia 13 de Abril de 2012, minha família foi cordialmente convidada pela Fatinha Poggiali, nossa amiga de vários anos e que possuímos grande estima, para comemorar seu aniversário no Restaurante Maria das Tranças do bairro Savassi em Belo Horizonte a festa estava marcada para iniciar às 20:30hs com término às 24:30hs, me desloquei do Bairro Buritis com minha família e compareci à casa por volta das 21:00hs.
Logo na chegada fui cordialmente atendido pela recepcionista do local que após nos identificar como convidados da aniversariante, nos passou as fichas para o atendimento interno e ai começaram os meus problemas, de minha família e amigos que no total enchiam a casa 135 pessoas.
Quando eu e minha família estávamos na área interna reservada para a festa me deparei com um ambiente assustador e conturbado com som alto para tal ambiente, a banda estava tocando um forró mas o que parecia era um grande barulho angustiante e estridente que mal pude identificar a música e só defini como forró depois de ser informado pelo garçom que pedi duas cadeiras para sentar e dois chopps e o mesmo dizendo que iria providenciar nunca mais voltou, nem com as cadeiras e nem com o pedido.
Como a quantidade de pessoas convidadas era grande, tratei de ir cumprimentando todos que eu lembrava na esperança de ganhar um tempo até que meu pedido fosse gentilmente atendido pelo garçom. Reencontrei várias pessoas que participaram de minha vida que eu não via a mais de 15 anos e foi muito bom esse momento.
Após 10 minutos de saudosos cumprimentos, lembrei-me que tinha feito um pedido ao garçom e que até o dado momento não apareceu, então tratei de abordar outro com o mesmo pedido que por incrível que pareça sumiu por mais de 10 minutos e lá estava eu e minha família em pé e sem os pedidos atendidos. Passei a solicitar o mesmo pedido para qualquer garçom que passasse por ali na esperança de ser ouvido por uma alma caridosa que entendesse que ali era um restaurante aberto para atender o público... adivinham? ... mais 20 minutos se passaram sem encontrar uma pessoa da casa que nos atendesse e com aquele som horrível zumbindo em nossos ouvidos como uma serra elétrica amplificada.
Como sou brasileiro e ainda mineiro, não desisto tão fácil. Fui até aquela gentil recepcionista que estava na entrada e perguntei: “Moça onde encontro aqui um garçom para nos atender?” E ela questionou com cara de espanto se lá naquele ambiente fechado que eu estava não tinha nenhum. Respondi que sim, mas pelo que parece nenhum com memória tão boa ou disposto a atender os pedidos em menos de 40 minutos, me prontifiquei logo a ir buscar eu mesmo no balcão os pedidos e ela logo respondeu: “Claro!”
Quando chego ao balcão me deparei com um digníssimo ser humano que estava conversando com um profissional em extinção nessa casa “O Garçom”, eu esticando minha ficha fiz o pedido para ser anotado e atendido e aquele ser humano logo foi me respondendo: “Um momento! A casa não funciona assim, você tem de pedir ao garçom lá dentro e esperar ser atendido”. Aquilo soou como eco em minha cabeça, mas expliquei para digníssimo o que estava acontecendo, mas mesmo assim nada de shops, cadeiras ou garçons e o mais engraçado é que o que estava de conversa com ele também nem se prontificou e saiu à francesa. Com um impulso de defesa direcionei a as seguintes palavras para aquele “ser humano educado, polido e de boa criação e que sabe que está ali para tratar seus clientes bem”: “Amigo estou exatamente a 50 minutos nesse Restaurante Maria da Tranças (Repito para ficar bem gravado) esperando atendimento, eu, minha família e não estamos conseguindo nem um guardanapo usado! Irei sair de sua casa e sem pagar couvert artístico, consumação mínima ou seja o que for e boa noite!”. O mais irônico é que o segurança foi verificar no sistema deles se eu realmente não havia consumido nada, dá para acreditar?
Fui para outro restaurante (que por sinal é ótimo, mas não vou mensioná-lo nessa carta para não serem confundidos) achando que o caso era só com minha família e no domingo encontrei com todos os convidados do aniversário na casa de minha mãe pois coincidentemente era aniversário dela no domingo dia 15/04/2012. Perguntei um por um sobre como foram atendidos no Restaurante Maria das Tranças na Savassi e a para minha confirmação de que a casa é realmente péssima, todos reclamaram a mesma coisa do que eu, restaurante caro e horrível. Claro que o “ser caro” é relativo à “qualidade de atendimento” que nesse caso é de péssima qualidade.
Fico muito triste pela nossa grande amiga ter escolhido essa casa para comemorar seu aniversário e não menos por Belo Horizonte ser conhecido pelos seus belíssimos restaurantes, bares e butecos tradicionais de ótimo atendimento ter esse Restaurante Maria das Tranças em seu elenco, lamento profundamente. O botequim da esquina que serve cerveja em copo lagoinha e carne de panela ao molho e farinha a três quarteirões de minha residência tem mais classe que o “Restaurante” Maria das Tranças localizada na Rua Professor Moraes, 158, Bairro da Savassi em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Deixo aqui minha indignação para que isso não ocorra com você belo horizontino amante dos bons bares e restaurantes dessa maravilhosa capital e se tiver algum convite para adentrar nessa casa ou que simplesmente esteja com vontade de conhecê-la, lembre-se de minha experiência e de mais 134 pessoas. Não vá, não faça seu evento lá, não se aventure, é melhor ir para o botequim da esquina!
Renato Rocha de Almeida, mineiro e morador de Belo Horizonte a mais de 15 anos.