O que dizer sobre Diniz Gouveia Pedro? ...
É muito fácil
Diniz era um Crente fiel e temente a Deus;
Homem Bom, Correto e Solidário;
Esposo Fiel e Pai Amigo Herói
Companheiro Conselheiro
Empresário de sucesso.
Hoje, primeiro de maio de 2015, eu com meus quase 64 anos, curiosamente trilhando meus primeiros passos na informática – internet; procurei saber sobre a querida e inesquecível “Iluminadora Transmontana”... , situada na Avenida Tucuruvi número 345. Desejei saber se ainda existia ou não. Saber também sobre o senhor Ângelo, (homem que tem por traz de seu rosto sério, um bom coração), e sobre os meninos Daniel e Gabriel.
Terminei confirmando o fato já sabido há alguns anos, que o meu amigo Diniz Gouveia Pedro havia sido “Promovido para o andar de cima”, para a eternidade, ao encontro com nosso Pai Maior Celestial. Encontrei também a sugestão para dele falar se o desejasse. Então com olhos em lágrimas, e o coração cheio de saudades escrevo.
Conheci Diniz num momento muito difícil da minha vida: Havia chegado há algum tempo a S. P. formado em eletrônica em busca de oportunidades, mas sem experiência no ramo. Tentei algumas vagas, porem sem sucesso. “São Paulo tem pressa, já precisava de profissionais já prontos”. Por isso passei por algum tempo durante o dia a vender laranjas e maçãs “com cobertura acurada” num carrinho de madeira puxado com as mãos pelas ruas do Jardim Tremembé e adjacência. Nas noites o carrinho era adaptado e eu o usava para vender pipocas junto a certa padaria adjunta a garagem de ônibus “Nações Unidas” também no Jardim Tremembé. Assim eram os dias e as noites de alguém deixou casa, família e amigos para buscar condições para se casar....
Por indicação de alguém, eu soube que havia alguém precisando de um técnico, pois seu profissional, que mais tarde eu viria a conhecer chamado senhor Eurico, estaria se aposentando. Telefonei para tal empresa (pessoa) e nós marcamos encontro em sua loja, no bairro de Tucuruvi. Cheguei ao encontro com pelo menos uma hora adiantado, na perspectiva de poder trabalhar ainda na noite daquele dia. Fui atendido gentilmente por um senhor branco, alto, macro que pediu que o aguardasse. Esse senhor era o nosso querido amigo Diniz. Diniz corria de um para o outro lado dentro da loja atendendo seus fregueses. A demanda era grande - Vezes por outra passava por mim e dizia: Logo - logo te atendo... Lá pelas quase 18 e 30 horas, a loja foi fechada e eu me encontrava encostado no balcão esperando-o desde 14 e 30 horas +-. Foi quando Diniz se aproximou e me disse; Vamos embora... Amanhã será um outro dia... Eu lhe perguntei: Mas e minha entrevista? Diniz respondeu; você passou no teste, preciso de alguém que precisa trabalhar e você foi aprovado: “Só espera quem precisa”. Diniz Levou-me até o andar de baixo, local repleto de aparelhos eletrônicos, talvez mais de 30 unidades aguardando manutenção. Ele me perguntou sobre minha formação técnica, e eu lhe apresentei alguns diplomas, mas com a ressalva de que eu não tinha muita experiência... Eu disse: Sou de Minas e vim para São Paulo em busca de oportunidades... Diniz respondeu que não seria tão importante a questão de eu ter tanta prática, já que ele poderia me ajudar... Eu também sou técnico disse ele e acrescentou: Você pega o aparelho, abre-o, limpa e tenta consertar, caso tiver alguma dúvida, estarei na loja, você me chama, juntos vamos avaliar e resolver a questão. Posso te pagar X. Mostrou-me a banca do técnico de eletro doméstico “Macalé”, a banca de manutenção em aparelhos de Vídeo e som do chamado Manoel, e disse: essa outra banca aqui é a sua. Terminando acrescentou: Aqui é um ambiente sereno, de paz e trabalho... Não se preocupe você tem muito trabalho aqui e você vai ganhar muito bem. Era dia de sexta feira, eu lhe pedi para pegar serviço na manhã do dia seguinte; sábado, mas ele respondeu: Você pode pegar serviço na terça feira, após o feriado. Não precisa chegar muito cedo não, 8. 30 9. 00 horas está bom. Isso aconteceu na sexta feira que antecedeu o dia de trabalho do ano de 1972. Tive a honra de trabalhar na Iluminadora Transmontana por mais de 10 anos, aprender com O Mestre por excelência em todas as áreas: Diniz Gouveia Pedro.
Recebi de Diniz e de sua esposa inesquecível Donrley, tratamento especial, muito mais do que se dispensaria a um funcionário, ou ainda mais que se dispensa a um simples amigo, penso que tenham me dispensado consideração como de pais a filho.
Obrigado Diniz; Obrigado Dorley (de coração).
É como alguém o disse: Feliz é aquele que recebe como graça; ter as pessoas certas em suas vidas.
Muito obrigado Senhor.
Sei que estão bem, sei que estão com o Pai.
Diniz era crente e servia a Deus: Já nos meus primeiros dias de trabalho; (vindo de b. Hte recém convertido ao evangelho de Jesus), tentei evangelizar o meu amigo Diniz, comentando com ele a musica em sucesso do cantor Antonio Marcos intitulada: “Eu hoje preciso falar com Deus...” (Isso, com muito receio, pois nossa condição era de recém - empregado e patrão). Comentei a importância da letra e a beleza da melodia; e acrescentei que eu gostava muito de musica etc. Em resposta Diniz disse: Eu falo com Deus todos os dias, Qualquer um de nós pode falar com Deus a qualquer hora... , e passou a investir na consolidação da minha fé em Jesus.
Logo me convidou para uma programação especial em sua igreja (Igreja Metodista de Tucuruvi) que aconteceria naquele próximo sábado. Lá fui recebido - acolhido com extremo carinho por todos os irmãos, a programação foi espetacular, o cachorro quente estava maravilhoso; e fiquei como se fica em família. Logo procurei saber sobre a programação da igreja e na manhã do dia seguinte eu lá estava para a escola bíblica dominical.
Esse tempo; eram os pródigos tempos do querido Pastor Natanael do Nascimento, um dos mais Extraordinários Pregadores do Evangelho e Excelente Musicista, e do não menos capaz e brilhante querido Pastor Paulo de Tarso.
Pastor Paulo a pedido meu, viajou com sua querida esposa Beatriz para Belo Horizonte para realizar meu casamento com Vanda Maria na igreja batista de Lagoinha. Na estrada ocorreu um incidente; uma coruja “colidiu” no pára-brisa de seu carro Brasília. Por essa causa o Pastor Paulo e sua esposa Beatriz foram “escoltados” até minha casa – em B. Hte por dois guardas motoqueiros rodoviários.
Meus vizinhos perguntavam entre si: O que ta acontecendo?...
Na manhã do dia seguinte, sábado... Levei-o a uma concessionária Volkswagen e mandei consertar seu carro.
Na igreja Metodista de Tucuruvi, meu ministério foi minha participação no coral da igreja. Diniz lembrou que eu havia dito que gostava de música, e me envolveu no coral da igreja na voz de Tenor... Eu situava-me entre o Hidaltio e Diniz. Isso por anos a fio. (Na verdade era ele e o Hidaltio quem seguravam o Tenor do coral). Os ensaios aconteciam nas tardes de sábado, após a escola bíblica dominical e no domingo à tarde antes do culto.
Era muito lindo, no domingo após o ensaio havia o lanche rápido e em seguida todos nós dirigíamos ao vestiário para sobrepor as becas. Logo fazíamos duas filas do lado de fora do templo na porta. Numa fila as irmãs, e noutra os irmãos. As Becas eram de cor vinho com golas e punhos na cor branca. Quando se iniciava os acordes do órgão, a igreja reunida no templo aguardando o inicio do culto... Era um momento sublime e Jubiloso... Entrávamos cada um por sua vez; Mulher depois homem alternadamente, enquanto como prelúdio, nós dirigindo-nos para a galeria cantava: Chamados a servir, ao divinal louvor... por diante...
Diniz: Presidente da Junta de Ecônomos da Igreja Metodista de Tucuruvi.
Diniz dedicava com muito esmero e empenho ao seu ministério na igreja. Reuniões na junta dos ecônomos; direcionava reformas no templo, participava do coral, era freqüente nos cultos; Diniz era um crente extremamente ativo nos trabalhos da igreja. Diniz parecia elétrico.
Diniz Responsável pela gravação do compacto duplo do coral da igreja. Diniz tinha um sonho, que era de o coral gravar. Muito se esforçou juntamente com outros para a realização de esse sonho. Fui com ele várias vezes no estúdio de gravação no bairro retiro para tratar do assunto.
Diniz extremamente “Generoso”: Eu presenciei Diniz ajudando financeiramente a muitas pessoas simples que passavam na porta da loja e pediam as coisas... As mesmas pessoas com certa frequencia; Presenciei também sua generosidade inclusive para com vários seminaristas do seu conhecimento pessoal e também com seminarista da igreja Metodista de Tucuruvi. Posso até citar nomes se preciso fosse. Dizia-me Diniz; Roberto é preciso ajudar...
Diniz Crente exemplar: (Um modelo de Crente) - Testemunho vivo do poder de Deus.
Diniz Evangelista: Como já disse, ele com seus conselhos e testemunhos vivos de fé, participaram junto com o Senhor Espírito Santo da consolidação da minha fé e salvação.
Diniz Pai desejável:
Diniz Esposo dedicado: Diniz Homem Família: Amava, daria tudo pela sua Família: Falava de sua esposa, do pequeno Daniel, da pequena filha querida Márcia com muito orgulho... Almoçava em casa todos os dias – Apesar de toda correria, pois ele só vivia correndo, comparecia em todos seus compromissos, especialmente para com a igreja, Sempre buscava sua esposa e seus filhos ou na igreja ou na casa dos sogros; e muito, mas muito mesmo serviços na loja.
Diniz Conselheiro: Lembro-me de quando eu me preparava para casar, Diniz como amigo que me era, se colocou na condição de meu conselheiro matrimonial ensinando-me com entusiasmo sobre relacionamento conjugal, sobre família, Finanças domésticas e a importância de a igreja (Deus) na vida da família. Afirmava que era muito feliz com sua família. ...Deus é quem o ajudava na construção de sua linda família... Sua esposa Donrley e seus filhos; Márcia e Daniel: Assim dizia Diniz para meu crescimneto espiritual.
Apesar de muito reservado, citava as inúmeras qualidades de Donrley. Como esposa, como amiga.
Márcia “puxou” a mãe, Quietinha, Delicada e Tímida, muito Educada, também muito bonita. Raramente trocamos duas palavras.
Daniel “puxou” o pai: Inteligente, Educado, Prático Criativo. Daniel não deve se lembrar, mas andou muitas vezes comigo na garupa da minha moto em algumas tardes de sábado.
Em certa infeliz oportunidade... Eu estava trabalhando em minha banca e ouvi alguns soluços de alguém lá no deposito de materiais... Corri até lá e encontrei o amigo chorando, chorava muito, por causa de certo resultado médico de sua querida esposa. Eu também chorei, nós oramos e ele, (nós) nos acalmamos.
Diniz quando falava... Dizia-o com muito carinho sobre sua mãe e seu pai; certa vesz me levou proximo ao hospital, para me mostrar onde morou quando criança.
Diniz dava assistência em conselhos ao cunhado Felipe, Apoio ao sogro e sogra e também muito apoio a sua Cunhada (infelizmente não recordo seu nome, era e ainda deve ser, uma pessoa muito mansa tranqüila... .
Diniz um amigo de “Verdade”: Além de ter-me recebido não somente em sua empresa, recebeu-me também em sua casa no seio de sua família. Quando íamos trabalhar nas tardes dos sábados instalando antenas de T. V a cores, me levava para almoçar em sua casa. Isso foi por quase todo o tempo que trabalhamos com instalação de antenas a cores.
Certa vez comentei com ele: Diniz eu quero comprar uma moto; Ele disse (como um pai); Você deve comprar um carro; pois moto é muito perigosa em S. P. Aqui faz muito frio e chove muito... (Quando ele tirou férias resgatei com o senhor Angelo, parte do dinheiro que eu tinha na firma e comprei a moto; Ele ficou de cara fechada comigo por muitos dias).
Era ele quem administrava meu dinheiro, eu fazia pequenas retiradas e ele pagava minhas contas...
Eu disse: Diniz eu quero fazer igual ao Macalé, comprar um lote do Zé Bétio, e fazer uma casinha, trazer a mulher para são Paulo etc... , Ele disse, espera, vamos ver alguma casa por aqui mesmo... E de fato aconteceu, sob sua orientação e ajuda comprei uma casa na Rua Cônego Ladeira. Na hora de assinar o contrato, o senhor Benedito disse: Vamos fazer o contrato é em seu nome não é Diniz? Diniz respondeu: Não, quem está comprando a casa é o Roberto. Foi uma entreada de X, e 12 prestações de X e mais 12 de X e uma última de arrombar o caixa.
Nesse tempo, a T.V. a cores estava entrando no Brasil, ele disse-me: Vamos ganhar dinheiro instalando antenas de T. V! Instalávamos pelo menos 3 antenas durante a semana e pelo menos 2 na tarde de sábado. Eu guardava dinheiro, “ele guardava para mim, e pagava minhas contas”.
Segundo ele; ele comprou sua Variante zero dessa fonte.
Tanto sobre antenas, como consertos na loja, Dinis administrava meu dinheiro, e não era pouco não, nós ganhávcamos muito bem mesmo...
Diniz era muito metódico/ criterioso. Extremamente honesto.
Diniz um empresário de sucesso: As qualidades de Diniz se estendem também ao empresariado com a participação de seus irmãos sócios: Ângelo e Antônio.
Enquanto Antonio dedicava a “Damimar”, (O Antonio tinha muitos problemas), o senhor Ângelo dedicava-se na área de serviços externos com duro trabalho em administração e esforços pessoais em elétrica e hidráulica nas obras (Residenciais e comerciais).
Diniz administrava a loja: Pessoal, Compra e Vendas e tantas outras áreas.
Ângelo sempre foi muuuuito Trabalhador; Se Miguel puxou o pai, Miguel está bem. Da mesma forma o Daniel...
Funcionários como o Chico, o Jorge e outros que não consigo lembrar-me agora, não podem ser esquecidos nessa hora.
Diniz poderia ser o cara que recebeu o nome: Seu nome é trabalho.
Diniz e seu rico legado:
Muito mais que bens materiais que possa ter construído com seus incansáveis esforços com sua querida esposa dando-lhe suporte, demonstrou com atitudes a prática dos dois maiores e principais mandamentos de Deus: Amar a Deus acima de todas as coisas, e ao Próximo como a ti mesmo.
Amor e Zelo pela família, Respeito e Honra para nosso exemplo.
Terminando: Hoje como já mencionado, estou com 63 para 64 anos. Cheguei aí em São Paulo com meus 20 para 21 anos, e voltei com meus aproximados 33 anos. Portanto creio eu; passei meus melhores anos ao lado do companheiro e Mestre Diniz. É uma honra falar desse amigo herói.
Não por que ele tenha partido, mudado de endereço; mas sou testemunha de que nunca houve em momento algum; nenhuma sombra siquer de desvio de caráter seja no Moral - Civismo –Ética e Vida cristã na pessoa autêntica de Diniz Gouveia Pedro.
Eu posso se preciso for, preencher dezenas de paginas, de experiências de solicitudes vividas ao seu lado. Diniz me ensinou a fazer de minha mente minha melhor ferramenta de trabalho, lembro-me de mais de 85% das coisas acontecidas aí. Pois nossa amizade era de muito mais perto de que uma simples amizade. Nada parecido como consideração de patrão e empregado; Conhecia Diniz de fora para dentro e de dentro para fora.
Nós nos encontrávamos na loja pela manhã e só lá para 22/ 23 horas nos separávamos. Eu conheci o Diniz de, de perto e por dentro. Ele permitia-me fazer parte de sua vida pessoal. Não me refiro a intimidades, mas a amizade sincera como Davi e Jónatas... Como de dois amigos de verdade. Diniz converteu-me ao Palmeirismo... Veja só que poder ele tinha kkk... Fazer recebimentos e pagamento e troco no caixa de sua empresa; Emprestava-me o seu carro a qualquer momento; Um Volkswagen 65, cor vinho, 1200 cilindradas, foi nele que ele me ensinou pacientemente a dirigir.
Certa vez quando colocávamos uma antena de televisão ele desequilibrou e eu o agarrei num desespero só, mas Diniz nada ficava devendo, numa outra oportunidade aconteceu o mesmo e se não fosse o meu amigo Diniz, eu já de há muito tempo não mais estaria aqui para contar a história.
Na verdade penso que ele me via como um irmão mais novo ou o filho que ele já desejaria já ter naquele tempo ao seu lado trabalhando com ele. Mas esse espaço, certamente, inequivocamente já por Deus determinado, era estritamente reservado para o seu filho Daniel. Que certamente também muito aprendeu com o Mestre, e tem alcançado êxito em todos seus empreendimentos seguindo os pasos do Pai.
EXTRITAMENTE CONFIDENCIAL:
Daniel, Infelizmente aconteceu o que talvez você já deva lembrar; eu sou o Roberto, chamado de Mineiro, técnico de audio da empresa de seu pai. Você era uma criança e me desrespeitou, debochando de me, me chamou de baiano. Não que ser baiano é depreciativo; e disse que eu não estaria consertando direito os aparelhos, isso na frente de todos, inclusive fregueses e colegas de trabalho. E todos ridicularizaram-me. Por isso, e mais pelo fato de eu estava em stres te xinguei. Seu pai ouviu e me abordou na banca, eu já me encontrava chorando e ele me demitiu. Quero que você me perdoe em nome do Senhor Jesus. Perdi muito com o que a criança Daniel provocou. Creio ter perdido até a amizade de seu pai. Errei por estar em extremo stres. A razão do Stres era porque os serviços na loja diminuíram muito com a saída do Manoel e eu não queria ficar pegando dinheiro com seu pai, dinheiro que eu não tivesse trabalhado para tê-lo. Alias eu nem sei se o tinha em caixa ou não, nunca foi feito um acerto. Eu sei que eu trabalhava muito e seu pai pagarva minhas contas... Por isso arranjei serviço para complementar minha renda, pois minha esposa estava em trabalho de parto aqui em Belo Horizonte, e eu não tinha um centavo para mandar para ela. Meu sogro é quem sustentava a situação aqui naqueles dias.
O serviço consistia em pela manhã, as 6 horas, sair de Tucuruvi e dirigir-me para o bairro Santa Maria. Lá eu deixava meu carro na rua e pegava certa Kombi e saia recolhendo os funcionários da empresa Alpargatas do Brasil pelas ruas da zona norte de São Paulo. Levava-os até ao Ipiranga e voltava para o bairro Santa Maria e pegava serviço na Transmontana. Trabalhava? Que nada, não tinha serviço. Seu pai sem me avisar parou de pegar serviços. Sei disso por que minha inquilina levou um rádio relógio para conserto e foi informada que não mais trabalhavam com manutenção em eletrônicos. Eu permanecia na loja ou por ali até as 16 horas, era quando eu saia de Tucuruvi e dirigia-me para pegar a Kombi novamente no bairro de Santa Maria para fazer o inverso. Eram 20 e 30 horas/ 21 horas, eu já estava dormindo para reiniciar tudo de novo. Foi um tempo difícil - Eu sofri muito.
Naquela manhã, cheguei extremamente cansado e você me ridicularizou diante de todos empregados e fregueses... Dizendo: Ai ó baiano, você não conserta direito as coisas, as coisas estão voltando.... Foi quando eu impensadamente agi por estímulos malignos e te xinguei.
Você sabe que sua mãe era uma santa mulher. O que eu disse é claro, não tinha nada a ver com o carater de senhora sua mãe. É apenas um palavrão maldito.
Você era apenas uma criança e eu já um adulto, eu tinha o dever de ter absorvido aquela situação com menos rigor, ou de forma apropriado; Eu errei e te peço perdão em nome do Senhor Jesus.
Meu filho Roberto Junior estava nascendo naquele dia. Eu estava vivendo um stres muito grande. Voltei para cá sem um centavo no bolso, o que recebi da transmontana mal deu para pagar minha mudança para cá. Morei de favor com meu sogro, abri uma eletrônica e não deu certo, fui trabalhar numa assistência da Sharp do Brasil, mas não pagavam... Fui ser motorista de ambulância, por causa do risco de contaminação eu desisti, terminei sendo motorista do prefeito de Belo Horizonte.
Nesses dias meu pai morreu e logo depois minha doce mãe também morreu. Foi bom eu ter voltado, por que eu pude curti-los um pouco mais. Agente não entende os propósitos de Deus.
Hoje você sabe o que é não ter pai e nem mãe.
Quando decidi vender minha casa aí, comprei um lote aqui, e já tinha outro herdado por meus pais. Hoje possuo entre lojas, casas, apartamentos e Kit – Nets; 16 locações. Recebo alugueres dia sim e dia não mais um. Tenho dois carros, Um importado e uma Estrada cabine dupla e uma moto só para passeios.
Minha filha que nasceu aí na Beneficencia Portugueza é gerente do D P jurídico de um grande banco aqui em B. Te.
O meu filho Roberto Júnior, o que estava nascendo naquele dia, hoje está com 34 anos, é segundo tenente da reserva do exército, representa uma grande empresa do sul do Brasil na área alimentícia, é pastor muito conceituado aqui em B Hte. Ele inclusive está aí hoje participando de uma conferencia internacional do Gideões de Cristo, discutindo trabalho de evangelização que acontecerá nas Olimpíadas desse ano no Brasil...
A Sara, nasceu depois, está com 30 anos e trabalha na área de comunicação de outra grande empresa internacional aqui em Belô, com sede em Jundiaí.
Minha esposa sempre esteve e está bem.
Eu passei a mais ou menos 13 anos por um câncer que atigu meu intestino mas me recuperei com a graça do Senhor Jesus.
Estou dizendo essas coisas, não é por nenhuma razão negativa, mas para dizer que aprendi muito com seu pai, Grande homem, Grande companheiro, Grande amigo. Compreendi que o zelo dele por seu filho estava acima da amizade com seu melhor amigo - seu funcionário.
Apliquei tudo que seu pai me ensinou sobre “Temor a Deus”, “Economia” e “Técnica Eletrônica”.
A eletrônica deu certo por muito tempo; mas passou. Economia é uma constante em cada dia, O Temor a Deus é para todo tempo até a eternidade.
Quando voltei daí para cá, fui congregar na igreja batista da lagoinha; igreja pastoreada pelo colega pastor Marcio Valadão. Lá fui convidado para o ministério pastoral. Fui pastor lá por muito tempo. Antes me graduei em teologia no Seminário Batista do Estado de Minas Gerais. Em 86 fui consagrado a pastor evangélico pela ordem de pastores batista Nacional. Nessa mesma época, junto com algumas poucas pessoas abrimos uma congregação, e após 28 anos + - somos uma enorme igreja local, com um grupo de 12 pastores; Jesus é o primeiro.
Hoje a igreja tem um patrimônio muito grande e nada se encontra em meu nome, somos uma entidade religiosa filantrópica sem fins lucrativos. Como já o disse; Não vivo do evangelho e sim por ele.
Está sendo bom para mim essa escrita, por que assim isso desabafar.
Queridos Daniel e Márcia; e famílias, nós; eu, Vanda, minhas filhas Flávia e Sara, e Junior; sentiríamos honrados e abençoados por Deus em recebê-los em visita aqui em nossa casa em B. Hte a qualquer tempo. Nossa casa é grande, tem certo conforto e muito espaço para todos.
E pode acreditar, não tenho aflição de nada, tenho é um coração cheio de saudades e profunda gratidão. Mesmo por que foi eu quem errou. Quando me lembro de vocês, o faço com nostalgia saudável. Recordo-me de vocês com muito amor e ternura a essas pessoas tão maravilhosas que Deus colocou na história da minha estrada quando eu mais precisava.
Obrigado por tudo,
Que Deus os abençoe.
De Carlos Roberto de Aguiar Felix pr.
Chamado equivocadamente de “Baiano”, mas é Mineiro Ok? kkkk
Para Daniel e Márcia Gouveia Pedro
99 55 48 72/ craf@gmaio.com